terça-feira, 1 de novembro de 2016

Há 20 anos que os portugueses não poupavam tão pouco
Inserido em 31-10-2016 06:15

A falta de rendimentos é a principal razão para não 
pouparem, mas quem poupa tem  em vista 
pagar férias e viagens e não imprevistos.


Há 20 anos que os portugueses não poupavam tão pouco. Só metade das famílias tem
 o hábito de pôr dinheiro de parte e o ano passado só 4,4% do rendimento disponível 
ficou por gastar.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de poupança das
 famílias portuguesas (e das sociedades sem fins lucrativos que as apoiam) representou
 4,4% do rendimento disponível em 2015, uma nova descida face a 2014, quando as 
famílias conseguiam poupar 5,2% do seu rendimento.
Em 1995, o primeiro ano para o qual o INE disponibiliza estes dados, esta taxa de 
poupança representava 12,5% do rendimento disponível (o valor mais alto da série),
 descendo para 7,5% em 2011, o ano em que Portugal recorreu a ajuda financeira
 externa, tendo depois iniciado um processo de recuperação, ainda que moderado.
Essa tendência inverteu-se em 2014, quando a taxa de poupança das famílias 
desceu face ao ano anterior, atingindo 5,2%, uma queda que se manteve em 
2015 e, pelo menos, na primeira metade deste ano.
Os números referentes a 2016, ainda trimestrais, indicam que este indicador 
continuou a cair este ano, atingindo os 3,9% do rendimento das famílias no ano
 terminado em Junho último.
Também o Banco de Portugal (BdP) apresenta dados para os níveis de poupança 
das famílias e que são semelhantes aos do INE, apontando para uma taxa de poupança
 dos particulares de 4,3% do rendimento disponível em Dezembro de 2015 e de 3,5% 
em Março deste ano.
Já os depósitos dos particulares nos bancos comerciais, um dos instrumentos 
de poupança mais comuns, ultrapassaram os 137.000 milhões de euros em Dezembro
 de 2015.

Poupa-se para fazer férias